Como Utilizar a Técnica de “Carreira em Espiral” para Progredir Profissionalmente

O que é a Carreira em Espiral e Por Que Ela Funciona?

Você já se sentiu preso em uma posição profissional, como se estivesse correndo em uma esteira sem sair do lugar? A carreira em espiral é uma abordagem estratégica que propõe justamente o oposto: movimentos laterais que, em vez de subir verticalmente, expandem seu repertório de habilidades e conhecimentos. Imagine uma escada em caracol — cada degrau lateral te leva um pouco mais alto, mas também te dá uma visão mais ampla do todo.

Diferente do modelo tradicional de ascensão linear — onde o foco está apenas em promoções hierárquicas —, a espiral valoriza a diversificação de experiências. Um profissional que passa por marketing, vendas e operações, por exemplo, desenvolve uma visão sistêmica que o torna mais valioso para posições de liderança. Empresas como a LinkedIn já destacam que executivos de sucesso frequentemente têm trajetórias não lineares.

Mas por que isso funciona? Quando você se move lateralmente, adquire competências complementares que enriquecem seu perfil. Um engenheiro que aprende gestão de projetos pode se tornar um líder técnico mais eficaz. Um designer que estuda análise de dados consegue tomar decisões criativas baseadas em métricas. Essas combinações são o que tornam profissionais difíceis de substituir.

E não se engane: isso não significa ficar pulando de emprego em emprego sem rumo. A espiral exige planejamento intencional. Cada movimento deve ser uma peça de um quebra-cabeça maior, alinhado a um objetivo de longo prazo. Quer um exemplo? Um analista financeiro que deseja ser CFO pode buscar experiências em controladoria, planejamento estratégico e até em áreas como TI, para entender como a tecnologia impacta os resultados.

Como Identificar Oportunidades Laterais Estratégicas

O primeiro passo para aplicar a carreira em espiral é mapear suas aspirações e lacunas. Pergunte-se: Quais habilidades me faltam para chegar onde quero? Se o seu sonho é liderar uma equipe multidisciplinar, talvez precise de vivência em outros departamentos. Ferramentas como o My Next Move ajudam a identificar competências demandadas em diferentes carreiras.

Dentro da sua empresa, fique atento a projetos transversais. Muitas organizações têm iniciativas que envolvem colaboração entre áreas — como lançamento de produtos ou transformação digital. Participar desses grupos é uma forma de ganhar exposição a novas funções sem precisar mudar de cargo. Um gerente de vendas que atua em um comitê de inovação, por exemplo, pode absorver conhecimentos em tecnologia e design thinking.

Outra estratégia é conversar com colegas de outras áreas. Marque cafés virtuais ou presenciais para entender seus desafios e processos. Esses diálogos podem revelar oportunidades invisíveis no organograma. Imagine descobrir que o time de logística precisa de alguém com sua habilidade em análise de dados para otimizar rotas? Essa poderia ser sua próxima movimentação.

E se a empresa atual não oferece esses caminhos? Busque experiências externas, como freelances, voluntariado ou cursos práticos. Plataformas como Coursera oferecem programas que simulam desafios reais de setores variados. Um contador que faz um curso de marketing digital, por exemplo, pode se tornar indispensável em uma startup que precisa unir finanças e crescimento.

Superando os Desafios dos Movimentos Laterais

Mudar de área não é sempre fácil. Um dos maiores obstáculos é o preconceito contra carreiras não lineares. Alguns recrutadores ainda veem mudanças frequentes como “falta de foco”. Como contornar isso? Documente suas conquistas em cada função, mostrando como cada transição agregou valor. Use o LinkedIn para contar uma narrativa coerente — como um especialista em customer experience que migrou para produto porque queria resolver problemas na raiz.

Outro desafio é o medo de recomeçar. Aceitar um cargo lateral pode significar sair da zona de conforto e, às vezes, até uma redução temporária de status. Mas pense como um investidor: você está diversificando seu portfólio de habilidades para colher retornos maiores no futuro. Um diretor comercial que vira head de operações pode perder o “glamour” das vendas, mas ganha insights cruciais para se tornar CEO.

A resistência interna também aparece. “E se eu falhar na nova área?” Aqui, a mentalidade de crescimento é essencial. Trate cada experiência como um laboratório de aprendizado. Erros fazem parte do processo — desde que você os use para ajustar a rota. Ferramentas como o Mind Tools oferecem técnicas para desenvolver resiliência e adaptabilidade.

Por fim, tenha patrocinadores, não apenas mentores. Enquanto mentores dão conselhos, patrocinadores defendem suas promoções internamente. Construa relações com líderes que enxerguem seu potencial multidisciplinar. Um profissional de RH que apoia sua migração para o comercial pode ser a ponte para sua próxima oportunidade.

Como Vender Sua Trajetória em Espiral para Empregadores

Seu currículo não linear pode ser seu maior trunfo — se souber comunicá-lo. Em vez de listar cargos cronologicamente, crie uma narrativa de habilidades acumuladas. Use seções como “Competências-Chave” ou “Jornada Profissional” para destacar como cada experiência contribuiu para seu diferencial. Modelos no Canva ajudam a visualizar essa história de forma criativa.

Em entrevistas, conecte os pontos. Explique como sua passagem por finanças e marketing te dá uma vantagem única para liderar um time de growth. Dados concretos são poderosos: *”Na área X, aprendi Y, o que me permit